ÚRSULA por MARIA FIRMINA DOS REIS
Segundo as mídias sociais, o livro de ficção mais vendido no Brasil e no mundo em 2018 foi "Úrsula" de uma autora brasileira maranhense.
Achei por bem trazer aqui um pouco da história dessa autora.
Maria Firmina dos Reis nasceu na Ilha de São Luís, no Maranhão, em 11 de março de 1825. Foi registrada como filha de João Pedro Esteves e Leonor Felipe dos Reis. Era prima do escritor maranhense Francisco Sotero dos Reis por parte da mãe. Em 1830, mudou-se com a família para a vila de São José de Guimarães, no continente. Viveu parte de sua vida na casa de uma tia materna mais bem situada economicamente. Em 1847, concorreu à cadeira de Instrução Primária nessa localidade e, sendo aprovada, ali mesmo exerceu a profissão, como professora de primeiras letras, de 1847 a 1881
Em 1859, publicou o romance Úrsula, considerado o primeiro romance de uma autora do Brasil. Em 1887, publicou na Revista Maranhense o conto "A Escrava", no qual descreve uma participante ativa da causa abolicionista.
Aos 54 anos de idade e 34 de magistério oficial, anos antes de se aposentar, Maria Firmina fundou, em Maçaricó, a poucos quilômetros de Guimarães, uma aula mista e gratuita para alunos que não podiam pagar: conduzia as aulas num barracão em propriedade de um senhor de engenho, à qual se dirigia toda manhã subindo num carro de boi. Lá, lecionava às filhas deste, aos alunos que levava consigo e a outros que se juntavam. A acadêmica Norma Telles classificou a iniciativa de Maria Firmina como "um experimento ousado para a época".
Maria Firmina dos Reis participou da vida intelectual maranhense: colaborou na imprensa local, publicou livros, participou de antologias, e, além disso, também foi música e compositora. A autora era abolicionista: ao ser admitida no magistério, aos 22 anos de idade, sua mãe queria que fosse de palanquim receber a nomeação, mas a autora optou por ir a pé, dizendo a sua mãe: "Negro não é animal para se andar montado nele."Chegou também a escrever um "Hino da Abolição dos Escravos
Maria Firmina dos Reis morreu, cega e pobre, aos 92 anos, na casa de uma ex-escrava, Mariazinha, mãe de um dos seus filhos de criação.
Obs: Maria Firmina dos Reis é a única mulher dentre os bustos da Praça do Pantheon, que homenageiam importantes escritores maranhenses, em São Luís.
" Úrsula, pode ser considerado o primeiro romance de autoria negra e feminina do Brasil, além de ser o primeiro de cunho antiescravista, foi publicado em 1859 na cidade de São Luís. É, também, o romance inaugural da chamada literatura afro-brasileira – entendida, aqui, como a produção literária afrodescendente que tematiza a negritude a partir de uma perspectiva própria. Organizado em vinte capítulos, pode ser dividido em quatro momentos distintos. Mas é na quarta parte, que se nota a riqueza do romance de cunho antiescravista, através de uma solidariedade particular de Maria Firmina dos Reis para com os oprimidos, em especial as mulheres e os africanos e afrodescendentes escravizados."
Achei por bem trazer aqui um pouco da história dessa autora.
Maria Firmina dos Reis nasceu na Ilha de São Luís, no Maranhão, em 11 de março de 1825. Foi registrada como filha de João Pedro Esteves e Leonor Felipe dos Reis. Era prima do escritor maranhense Francisco Sotero dos Reis por parte da mãe. Em 1830, mudou-se com a família para a vila de São José de Guimarães, no continente. Viveu parte de sua vida na casa de uma tia materna mais bem situada economicamente. Em 1847, concorreu à cadeira de Instrução Primária nessa localidade e, sendo aprovada, ali mesmo exerceu a profissão, como professora de primeiras letras, de 1847 a 1881
Em 1859, publicou o romance Úrsula, considerado o primeiro romance de uma autora do Brasil. Em 1887, publicou na Revista Maranhense o conto "A Escrava", no qual descreve uma participante ativa da causa abolicionista.
Aos 54 anos de idade e 34 de magistério oficial, anos antes de se aposentar, Maria Firmina fundou, em Maçaricó, a poucos quilômetros de Guimarães, uma aula mista e gratuita para alunos que não podiam pagar: conduzia as aulas num barracão em propriedade de um senhor de engenho, à qual se dirigia toda manhã subindo num carro de boi. Lá, lecionava às filhas deste, aos alunos que levava consigo e a outros que se juntavam. A acadêmica Norma Telles classificou a iniciativa de Maria Firmina como "um experimento ousado para a época".
Maria Firmina dos Reis participou da vida intelectual maranhense: colaborou na imprensa local, publicou livros, participou de antologias, e, além disso, também foi música e compositora. A autora era abolicionista: ao ser admitida no magistério, aos 22 anos de idade, sua mãe queria que fosse de palanquim receber a nomeação, mas a autora optou por ir a pé, dizendo a sua mãe: "Negro não é animal para se andar montado nele."Chegou também a escrever um "Hino da Abolição dos Escravos
Maria Firmina dos Reis morreu, cega e pobre, aos 92 anos, na casa de uma ex-escrava, Mariazinha, mãe de um dos seus filhos de criação.
Obs: Maria Firmina dos Reis é a única mulher dentre os bustos da Praça do Pantheon, que homenageiam importantes escritores maranhenses, em São Luís.
" Úrsula, pode ser considerado o primeiro romance de autoria negra e feminina do Brasil, além de ser o primeiro de cunho antiescravista, foi publicado em 1859 na cidade de São Luís. É, também, o romance inaugural da chamada literatura afro-brasileira – entendida, aqui, como a produção literária afrodescendente que tematiza a negritude a partir de uma perspectiva própria. Organizado em vinte capítulos, pode ser dividido em quatro momentos distintos. Mas é na quarta parte, que se nota a riqueza do romance de cunho antiescravista, através de uma solidariedade particular de Maria Firmina dos Reis para com os oprimidos, em especial as mulheres e os africanos e afrodescendentes escravizados."
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