CAROLINA MARIA DE JESUS, DIÁRIO DE BITITA

RELEASE

LOCAL: Teatro Glaucio Gill – ESPAÇO DA SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA/ FUNARJ.
ENDEREÇO: Praça Cardeal Arcoverde s/n - Copacabana BILHETERIA: (21) 2332-7904
PELA INTERNET: www.ingressorapido.com.br
TEMPORADA: de 01/11 a 25/11/2019
HORÁRIO: Sexta e sábado – 21h // domingo e segunda 20h INGRESSOS: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia-entrada) FAIXA ETÁRIA: 14 anos
GÊNERO: Drama
DURAÇÃO DO ESPETÁCULO: 1 hora

SINOPSE

A peça é uma adaptação das obras “Quarto de Despejo” e “Diário de Bitita” da escritora mineira Carolina Maria de Jesus. Uma história surpreendente e inspiradora: A menina que estudou apenas dois anos do primário virou uma grande escritora publicada em todo mundo. Carolina foi catadora de papel e escreveu toda sua obra em papéis que encontrava no lixo. Reciclando materiais reciclou a sua própria trajetória e a si mesma.
A encenação segue o fluxo de memória de Carolina, refazendo sua trajetória da infância miserável em Sacramento no interior de Minas, quando a chamavam de Bitita, até o lançamento do seu primeiro livro - com enorme sucesso..
Em cena, Carolina cata papel nas ruas de São Paulo para sustentar a família. As coisas encontradas lembram os acontecimentos marcantes de sua vida. Ela vai “bititando”, desenhando o espaço, dando alma. Tudo ganha corpo, presença: a alfabetização, o primeiro contato com os livros, os sonhos da meninice, as festas populares, a enfermidade que a obrigou a mendigar, a prisão injusta, a religiosidade, o trabalho na roça, os laços afetivos, a mãe lavadeira, o pai ausente, o avô descendente de escravos, as madrinhas, os meninos que zombavam dela... Personagens de uma história fantástica de superação, inesperada e comovente.

FICHA TÉCNICA:

Realização: Casa Forte Produções Culturais e Esportivas e Rotunda e Bambolina Produções Artísticas
Produção: Andréia Ribeiro, Gabriela Buono Calainho e Ramon Botelho Adaptação do texto, direção artística e cenário: Ramon Botelho Interpretação: Andréia Ribeiro
Assistente de Direção e contribuição textual: Gabriela Buono Calainho Suporte de produção: Mario Cezar Ribeiro Soares
Produção de técnica: Toty Colonna Iluminação: Paulo Cesar Medeiros Trilha Original: Marco Lyrio Figurinos: Wagner Louza
Programação visual: Rafael Paschoal Costureira: Railda Lima
Adereços: Sinhá Recicla (ONG Uberlândia/ MG) Visagismo: Sidnei Oliveira
Fotografia: Dalton Valério, Karen Eppinghause, katia Ribeiro, Luis Teixeira Mendes e Nilse MartinsMendes
Cenotécnico: Rostand Albuquerque (Galpão 6centos) Operador de luz: Gabriel Gomes
Operador de som: Salomão Waisman Contrarregra: Thiago Gouveia

SOBRE CAROLINA MARIA DE JESUS

Carolina Maria de Jesus nasceu em Sacramento, Minas Gerais, em 1914. Teve uma infância miserável. Foi doméstica e lavradora, sempre explorada. Adoentada, virou andarilha e foi obrigada a mendigar. Estudou apenas dois anos do primário, nesse tempo aprendeu a ler e se apaixonou pelos livros. Foi presa e espancada porque lia um dicionário, pensaram que era livro de bruxa.
Adulta foi morar no Canindé, uma das primeiras favelas de São Paulo, onde construiu seu próprio barraco. Muitas vezes teve que comer lixo para enfrentar a fome. Nunca se casou e sustentou os três filhos sozinha catando papel nas ruas. Nos anos 50 começou a escrever em cadernos que encontrava no lixo e conseguiu o improvável: se tornar uma grande escritora reconhecida mundialmente.
O jornalista Audálio Dantas foi fazer uma matéria na favela e descobriu Carolina. Seu primeiro livro “Quarto de Despejo” foi editado em 1960 com enorme sucesso. A primeira edição bateu recorde de vendas no Brasil, foi traduzida para 16 idiomas em mais de 40 países.
Com a linguagem dos despossuídos, ela fez de sua obra um meio de denúncia sociopolítica, trazendo o testemunho de sua vida e fazendo deste um libelo contra a opressão, um manifesto contra a intolerância e qualquer forma de discriminação e preconceito de raça e gênero.
Mas o interesse por aquela figura exótica – a negra favelada semianalfabeta que escrevia livros – durou pouco. O mercado editorial queria rotular Carolina e publicar apenas diários da favela, mas ela recusou esse papel, queria escrever outras coisas e publicou poesia e romance, às vezes com recursos próprios, que pouca gente leu. Também gravou um disco cantando músicas de sua autoria.
Carolina faleceu em 1977. Na época ela morava numa casa de alvenaria fora do Canindé. Antes de morrer Carolina entregou o manuscrito de Diário de Bitita para jornalistas franceses. O livro foi publicado na França depois de sua morte e muito tempo depois no Brasil.

Hoje sua obra é estudada e referenciada mundo afora e deu origem a centenas de teses acadêmicas, sites, documentários, especiais de TV, HQ, exposições, blocos de carnaval e peças teatrais. Carolina virou nome de rua, assim como creches, escolas e museus em todo país.
Carolina foi incluída na Antologia de Escritoras Negras de Nova York, no Dicionário Mundial de Mulheres Notáveis de Lisboa e no livro “Extraordinárias Mulheres que Revolucionaram o Brasil”, que escolheu, dentre todas as brasileiras, 44 mulheres que impactaram a nossa história. E seu livro “Quarto de Despejo” foi o sétimo mais vendido no site Estante Virtual, no ano de 2017 e foi incluído na lista de leitura obrigatória nos vestibulares da UFRGS e UNICAMP.

TRAJETÓRIA DO ESPETÁCULO
Três anos de pesquisa e ensaios.
Estreia nacional no Teatro Municipal de Uberlândia. Os 750 lugares lotaram em todas as sessões. Apoio/patrocínio: Prefeitura Municipal e Instituto Algar. Foram promovidos debates e oficinas (nov. de 2015); 03 apresentações/debates no CEU Cidade Tiradentes, São Paulo (março de 2016); participação com peça e debate no 5º Salão do Livro de Guarulhos (maio de 2016); e no Rio de Janeiro: 2º Festival Midrash de Teatro. (julho de 2016); temporada de 01 mês no Teatro Dulcina (set. de 2017); temporada de 01 mês na Sala Baden Powell (nov/dez de 2017); temporada de 01 mês no Teatro Laura Alvim (abril/maio de 2018); e em Salvador, participação na FLIPELÔ - Festa Literária Internacional do Pelourinho (agosto de 2018); apresentação na FLINK SAMPA – Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra da Universidade Zumbi dos Palmares, São Paulo, (agosto de 2018); participação na 1ª FIT - Festa Literária de Itaperuna, Teatro FIRJAN SESI (set. de 2018); temporada de 01 mês na Sala Multiuso, do Teatro Arthur Azevedo, São Paulo, SP (nov/dez, de 2018) e participação no evento Green Nation, Pavilhão das Cultturas Brasileiras, Ibirapuera, SP (março de 2019); Teatro Municipal de Niterói (03 a 05 de maio de 2019). Temporada no Teatro Glaucio Gill de 01/11 a 25/11 de 2019.






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