Sobre Elói Alves e seu Olhar de Lanceta
Hoje quero
falar-vos de Elói Alves... Conheci esse jovem autor na Bienal internacional do
livro em São Paulo em 2014, na época ele lançava seu livro “Sob um Céu
Cinzento” pela LP Books.
Gostei de
imediato da maneira franca com que o autor retrata a cidade e suas mazelas
sociais. A poesia dentro do quotidiano caótico de São Paulo.
A seguir li também
seus livros anteriores, o romance “As Pílulas do Santo Cristo” e “Contos
Humanos”.
E em 2015 o
Elói lançou ensaios críticos sobre literatura e sociedade “O Olhar de Lanceta”.
Uma expressão Machadiana que diz muito. Eu pensei logo, o que será que o Elói
vai dizer?
Num apanhado
da história, o autor partiu do “descobrimento” ao comportamento do homem frente
à vida moderna com suas misérias e avarezas, egocentrismo, cultos
pseudorreligiosos, e a tentativa incessante de conquistar seu império pela
força escravista.
Como
explicar tanta atrocidade histórica quando ela é perfeitamente encaixada e
aceita na sociedade vigente? A
exploração do homem pelo homem chega a raias da loucura, isso num tempo sem
tempo para sentir remorsos, pois a dor do outro, jamais será sentida por quem
nasceu branco, rico e senhor.
E o olhar
“dele” é objetivo, sagaz e pontual, e o mais importante, uma analogia embasada
em grandes referências intelectuais literárias e filosóficas.
E para quem
não leu, vale ler.
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