A IRMÃ DO VENTO

O meu pai é o tempo
A minha mãe é a terra
E eu
Sou a irmã do vento

Vento que lá longe corre
Descendo e subindo a serra

Repicando no sino da torre
Levantando o pó da mãe terra

O irmão vento
Que bate nas laranjeiras
Ele que tangendo nuvens

Segue rebatendo nas águas
Arrodeando as cordilheiras

E passando pelas frestas
Ele abre e fecha todas as portas

Das janelas tão modestas
Levando consigo as casotas

Áh! O mesmo vento
Que esburaca o chão
E faz nascer as sementes

Brotando o trigo para o pão
Para com isso alimentar as gentes

O meu pai é tempo
A minha mãe é a terra
E eu
Sou a irmã do vento

Ele que vem de longe
Passa por nós, bem perto

Vento que rodeia pelas cidades
Mas nasce nas areias do deserto.

Guerreira Xue







Comentários

  1. Gostei muito da tua poesia, Hilda. Irmã do vento... grande inspiração e versos bem estruturados. Beijos ;) https://costuraerasga.blogspot.com/

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  2. Excelente, não podemos vê-lo, mas podemos senti-lo.

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