O TIO QUER CASAR
Maria estava num dia difícil hoje, depois de dias seguidos de muitas chuvas havia muito a fazer em casa. Além do calor excessivo, a lavadora quebrou: era o que faltava. Eram quase 11 horas e ainda nem tinha providenciado o almoço. "Tudo bem Maria, fique calma que a vida é isso... Chatices"!
Ligou para o técnico, que disse que tinha o dia cheio e que só podia vir bem depois o horário do almoço. — Fazer o quê? Te espero então.
Estava ela nas panelas, quando o celular toca. Era a Filomena. — Oi Filó, tudo bem e você? Estou arrumando almoço, mas pode falar que te escuto no viva voz.
Filomena era uma portuguesa radicada no Brasil já tinha algum tempo, e tinha uma casa de ferragens em São Paulo, isso desde que aqui chegou. Elas ficaram amigas não por acaso, pois Maria era uma de suas clientes, e essa frequência acabou estabelecer uma empatia entre ambas.
Era muito interessante como os costumes divergiam, e elas se divertiam muito com tal situação.
Maria era uma brasileira nata, proveniente de uma colonização de diversas culturas, e não conhecia realmente nenhum(a) português(a), até chegar a Filomena.
A Filomena era do Alentejo, uma mistura de não sei que com árabe, a influencia que era-lhe mais evidente.
É bem estranho como nós, brasileiros, desconhecemos tanto a cultura portuguesa.
— Olá Maria, estou bem, obrigada. Queria saber, tu podes fazer um bolo de tapioca para sábado? Vou receber visitas do Portugal e quero impressionar com uma sobremesa típica. Aliás, vou fazer uma feijoada também, com direito a caipirinha e tudo. — Ambas riram — Ora mulher, e tu acha que em Portugal não há feijoada brasileira? — Claro que há , mas nem de perto igual a daqui!
— Muito bem. Faço o bolo de tapioca para você. Agora fiquei curiosa, conta logo quem vem.
— Ah, vem o meu filho com a esposa, e o neto, e um tio que não vejo desde menina. O tio quer ficar no Brasil. Disse que quer arrumar esposa e já me perguntou se eu conhecia alguém.
Maria começa a rir e diz: — Porque ele quer esposa aqui, não tem mulher em Portugal? — Filomena ria também: claro que tem, mas acho que ele deve ser um chato, porque disse que só gosta de brasileiras. Mais risos...
— Mas tem brasileira lá também, ou não? — Tem sim, mas vai saber a fantasia do homem.
Então ficamos assim, e venha almoçar conosco também! Eu gostava de te apresentar, e que visses meu o neto. É um garoto lindo!
Até vou Filó, mas terei de me conter, se não me rio de seu tio. — Ora essa por quê? E ambas riam ...
— Sei lá, o sujeito se abalar de lá do outro lado do mundo para achar esposa. Parece-me tão antiquado.
— Olha que ninguém está livre de encontrar outro alguém, que seja também livre claro. E o tio vai se estabelecer definitivamente no Brasil. De repente pode ter acontecido de nenhuma mulher querer acompanha-lo.
— Tens razão Filó, mas é engraçado de qualquer jeito. Olha, tocaram a campainha aqui, tomara seja o técnico para ver a máquina de lavar. Vou para a vida Filomena. Te levo o bolo no sábado então. Beijos.
Maria desliga e corre atender a porta. Era o rapaz que faz a contagem da luz. Ao terminar a salada que faltava para o almoço, o filho chega da escola e comem.
No sábado, na hora marcada a Maria estava lá para ser apresentada a família de Filomena. E ela não riu ao cumprimentar o tal tio.
Ligou para o técnico, que disse que tinha o dia cheio e que só podia vir bem depois o horário do almoço. — Fazer o quê? Te espero então.
Estava ela nas panelas, quando o celular toca. Era a Filomena. — Oi Filó, tudo bem e você? Estou arrumando almoço, mas pode falar que te escuto no viva voz.
Filomena era uma portuguesa radicada no Brasil já tinha algum tempo, e tinha uma casa de ferragens em São Paulo, isso desde que aqui chegou. Elas ficaram amigas não por acaso, pois Maria era uma de suas clientes, e essa frequência acabou estabelecer uma empatia entre ambas.
Era muito interessante como os costumes divergiam, e elas se divertiam muito com tal situação.
Maria era uma brasileira nata, proveniente de uma colonização de diversas culturas, e não conhecia realmente nenhum(a) português(a), até chegar a Filomena.
A Filomena era do Alentejo, uma mistura de não sei que com árabe, a influencia que era-lhe mais evidente.
É bem estranho como nós, brasileiros, desconhecemos tanto a cultura portuguesa.
— Olá Maria, estou bem, obrigada. Queria saber, tu podes fazer um bolo de tapioca para sábado? Vou receber visitas do Portugal e quero impressionar com uma sobremesa típica. Aliás, vou fazer uma feijoada também, com direito a caipirinha e tudo. — Ambas riram — Ora mulher, e tu acha que em Portugal não há feijoada brasileira? — Claro que há , mas nem de perto igual a daqui!
— Muito bem. Faço o bolo de tapioca para você. Agora fiquei curiosa, conta logo quem vem.
— Ah, vem o meu filho com a esposa, e o neto, e um tio que não vejo desde menina. O tio quer ficar no Brasil. Disse que quer arrumar esposa e já me perguntou se eu conhecia alguém.
Maria começa a rir e diz: — Porque ele quer esposa aqui, não tem mulher em Portugal? — Filomena ria também: claro que tem, mas acho que ele deve ser um chato, porque disse que só gosta de brasileiras. Mais risos...
— Mas tem brasileira lá também, ou não? — Tem sim, mas vai saber a fantasia do homem.
Então ficamos assim, e venha almoçar conosco também! Eu gostava de te apresentar, e que visses meu o neto. É um garoto lindo!
Até vou Filó, mas terei de me conter, se não me rio de seu tio. — Ora essa por quê? E ambas riam ...
— Sei lá, o sujeito se abalar de lá do outro lado do mundo para achar esposa. Parece-me tão antiquado.
— Olha que ninguém está livre de encontrar outro alguém, que seja também livre claro. E o tio vai se estabelecer definitivamente no Brasil. De repente pode ter acontecido de nenhuma mulher querer acompanha-lo.
— Tens razão Filó, mas é engraçado de qualquer jeito. Olha, tocaram a campainha aqui, tomara seja o técnico para ver a máquina de lavar. Vou para a vida Filomena. Te levo o bolo no sábado então. Beijos.
Maria desliga e corre atender a porta. Era o rapaz que faz a contagem da luz. Ao terminar a salada que faltava para o almoço, o filho chega da escola e comem.
No sábado, na hora marcada a Maria estava lá para ser apresentada a família de Filomena. E ela não riu ao cumprimentar o tal tio.
#Guerreiraxue
Está se saindo uma cronista de marca, hein?
ResponderExcluirComo continua? Fiauei curiosa, embora minha imaginação já tenha me levado... Kkk
Bjusss
Estou mesmo a ver o final da história 🙄😁 o Português vai só Brasil arranjar uma brasileira 💓 quando eu ainda no outro dia perguntei a uma amiga brasileira que vive em Portugal pelo novo namorado (já vai no 3º) se era brasileiro, como se conheceram etc etc ao que ela respondeu : Claro que é português, como os outros 2, pois se eu quisesse homem brasileiro não tinha vindo há 20 anos para Portugal 🙄😞
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