LIVROS, O QUE LER E PORQUE DE LER...
Num apanhado geral, eu gosto de ler de tudo, desde que tal escrita faça algum sentido. O tema que menos me atrai é o terror. Sou uma aficionada da História,
porque nela percebe-se todo o comportamento humano, o avanço político e econômico, a estagnação ou o retrocesso de nossa espécie. Admira-me muito capacidade que o ser humano tem
para destruir a si mesmo e a seguir tornar a reconstruir-se.
Um dos escritores que mais me impressiona, pela riqueza da
descrição da História, na atualidade, é o José Saramago. Gosto de toda a sua obra,
mas ele realmente me cativou foi com “O Memorial Do Convento” porque no livro o
autor retrata a miséria de seu país com uma precisão espetacular. O autor ambienta
o romance entre Blimunda que ao ver a mãe ser queimada viva, é quando se
conhecem, e o maneta Baltazar, um ex combatente do exército português. A partir
disso a história intercala entre a construção do convento de Mafra, a miséria do
povo, a da bastança do rei, e os sonhos do casal.
O único autor que que fez isso, com igual genialidade, foi
Vitor Hugo em Os Miseráveis, que retratava com perfeição a vivencia da miséria
em França nos idos de 1800, em pleno período de Bonaparte. O autor foi um ferrenho
na crítica da sociedade Francesa e seu livro é a prova viva desse fato, pois denúncia
todos os tipos de injustiça humana, narrando a emocionante história de Jean
Valjean - o homem que, por ter roubado um pão, é condenado a dezenove anos de
prisão.
Saramago no entanto, difere de Vitor Hugo no fato de que o
segundo autor retratou o seu tempo atual, e o primeiro retrata a sociedade portuguesa
de quase 200 anos antes “dele” nascer.
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