MAMÃE EU SOU GAY
Otávio estava no trabalho, inspecionando uma obra lá para os lados do Catete quando no meio da reunião com os operários, o celular toca; oi, desculpe não posso conversar agora, te ligo daqui a pouco. E o telefone tocou mais umas tantas vezes. Era sua ex esposa, e pelo jeito era muito importante, tanto que assim que acabou a reunião Otávio retornou.
— Que foi Julia, qual a emergência? — A voz dela era angustiada — Precisamos conversar urgentemente, é sobre nosso filho. Pode ser hoje?
— Pode claro, jantamos juntos as 20h.. Beijos. — Julia era a segunda ex esposa. Sempre fora muito séria e compenetrada, devia ser sério mesmo. Ambos tinha um filho, o Augusto, que agora beirava aos 18 anos. Um menino calmo, tranquilo, estudioso e estava para cursar engenharia na Universidade Federal. Nunca tivera muito tempo para o filho e a separação acabou por distancia-los ainda mais, e isso às vezes o incomodava um pouco. Agora não tinha ideia do que se passava, mas, com certeza logo saberia.
Otávio fora criado no exterior por uma mãe adotiva e sempre tivera bom status econômico. Também tinha formação em engenharia civil ele tinha um bom cargo numa multinacional e uma vida confortável. Casou-se três vezes ... Com a primeira esposa nem chegou a ter filhos, com a Julia tinham Augusto e com a terceira, a atual, tinha um casal de gêmeos com cinco anos. Podia dizer que estava satisfeito consigo mesmo, pois a vida é o que que é.
Ao jantar conversaram amenidades, e logo entraram no assunto, pois Julia estava muito ansiosa. — O Augusto é gay. — Otávio ficou mudo por instantes, como que a espera de mais; — E...
— Como e? Você não entendeu o que eu disse? O nosso filho é gay! — Tudo bem querida fique calma. Ele te disse ou você perguntou? — Eu "peguei" ele no quarto com o colega Marcelo, e os dois estavam fazendo sexo na cama. — Otávio já recomposto da surpresa contemporiza. — Olha querida deve ter sido um constrangimento para todos sim, mas esse fato ainda não o rotula como gay. — Como não, se estavam fazendo sexo, e quando dois homens fazem sexo, são gays sabia? — Em primeiro lugar não são dois homens, são dois jovens de 17 anos. Em segundo lugar, pode ser só uma experiência entre amigos. — Indignada, ela esbraveja. — Abra os ouvidos, o nosso filho é gay! Tivemos uma conversa hoje a tarde, e ele admitiu. Disse que ambos namoram tem 3 anos e se gostam muito e que vão morar juntos quando forem para a universidade.
Otávio fora criado no exterior por uma mãe adotiva e sempre tivera bom status econômico. Também tinha formação em engenharia civil ele tinha um bom cargo numa multinacional e uma vida confortável. Casou-se três vezes ... Com a primeira esposa nem chegou a ter filhos, com a Julia tinham Augusto e com a terceira, a atual, tinha um casal de gêmeos com cinco anos. Podia dizer que estava satisfeito consigo mesmo, pois a vida é o que que é.
Ao jantar conversaram amenidades, e logo entraram no assunto, pois Julia estava muito ansiosa. — O Augusto é gay. — Otávio ficou mudo por instantes, como que a espera de mais; — E...
— Como e? Você não entendeu o que eu disse? O nosso filho é gay! — Tudo bem querida fique calma. Ele te disse ou você perguntou? — Eu "peguei" ele no quarto com o colega Marcelo, e os dois estavam fazendo sexo na cama. — Otávio já recomposto da surpresa contemporiza. — Olha querida deve ter sido um constrangimento para todos sim, mas esse fato ainda não o rotula como gay. — Como não, se estavam fazendo sexo, e quando dois homens fazem sexo, são gays sabia? — Em primeiro lugar não são dois homens, são dois jovens de 17 anos. Em segundo lugar, pode ser só uma experiência entre amigos. — Indignada, ela esbraveja. — Abra os ouvidos, o nosso filho é gay! Tivemos uma conversa hoje a tarde, e ele admitiu. Disse que ambos namoram tem 3 anos e se gostam muito e que vão morar juntos quando forem para a universidade.
Enquanto ela falava, Otávio pensava em como perdeu a intimidade com o filho com a separação, aliás, antes dela não tinha tempo também. "que merda". — Tudo bem fique calma, essas coisas acontecem. — Calma o quê, Augusto é meu único filho, eu não vou ter netos e ainda terei de encarar as minhas amigas, quando souberem que meu filho é uma bichinha afrescalhada. Que vergonha! — Ele não se contém. — Estou muito surpreso com isso que acabas de dizer. Você sempre enchia a boca para dizer que não tinha preconceitos, e era uma liberal democrata, e agora dizes estas asneiras todas porque nosso filho é gay! O que você quer afinal, se era me contar que Augusto é gay, agora já me contou, e o que vamos fazer? Nada! Estás surpresa, tudo bem eu também estou, mas pronto.
Preste atenção Julia, ser gay não é uma doença contagiosa ou terminal. Ser gay é uma preferencia sexual pessoal e intransferível. Não venha com ideias de que não terás netos, pois os gays em geral tem filhos, e Augusto só não os terá se não quiser, e isso também é outra opção pessoal. É nosso filho e queremos o melhor para ele, ou não?
A seguir ele percebe o quanto foi rude com, pois ela tremia de nervosa e estava realmente apavorada e prossegue; — Me desculpe, fui pego totalmente de surpresa, tanto com a noticia como com a tua reação. Mas, te peço encarecidamente que você não crucifique o nosso filho por causa disso. Repito, a opção sexual é dele, assim como a minha foi e como a sua foi. — ela retruca imediatamente. — Ahhhh mas nós somos normais Otávio! — Por favor, tome sentido no que estás dizendo agora, pois você é a mãe dele... É melhor você descansar agora, refrescar as ideias, falamo-nos depois mais. — E Otávio se despede e vai para casa pensando; "eita mundo doido. As pessoas dizem o que não são, só para serem aceitas socialmente, e quando são o que dizem são apedrejadas até pela família. Pobre Julia".
A seguir ele percebe o quanto foi rude com, pois ela tremia de nervosa e estava realmente apavorada e prossegue; — Me desculpe, fui pego totalmente de surpresa, tanto com a noticia como com a tua reação. Mas, te peço encarecidamente que você não crucifique o nosso filho por causa disso. Repito, a opção sexual é dele, assim como a minha foi e como a sua foi. — ela retruca imediatamente. — Ahhhh mas nós somos normais Otávio! — Por favor, tome sentido no que estás dizendo agora, pois você é a mãe dele... É melhor você descansar agora, refrescar as ideias, falamo-nos depois mais. — E Otávio se despede e vai para casa pensando; "eita mundo doido. As pessoas dizem o que não são, só para serem aceitas socialmente, e quando são o que dizem são apedrejadas até pela família. Pobre Julia".
Ao chegar em casa, Otávio liga para Augusto.— Oi, filho tudo bem!— Oi pai, tudo bem e você? — Faz tempo que não falamos. — Uma pergunta, você conversou com mamãe? — Sim e isso me fez perceber que quero estar ao teu lado como pai. Podemos almoçar no sábado?
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