DURADOR INVERNO/ SOBREVIVÊNCIA OU MORTE
MINIBIOGRAFIA LITERÁRIA: Ronaldo Dória Júnior é carioca, tem 34 anos na presente data. Faz rabiscos que às vezes viram desenhos, soa acordes desafinados no seu violão e, sempre que tem inspiração, deixa que seus dedos longos corram em textos tristes que vai inventando.
Meus dias estão sempre frios e nublados
Mas não me assustam esse inverno duradouro
E essa eterna chuva de pingos grossos e gelados
Não espero mais calmaria nos tempos vindouros
Acostumei-me à total ausência de dias ensolarados
Estou sempre à espera do relâmpago e seu grande estouro
Tenho os olhos por lágrimas sentidas empoçados
Vejo embaçadas as nuvens tempestuosas e de mau agouro
Se desaguar tormenta tal que inunde toda a cidade...
Se a tempestade não passar jamais...
Se os ventos não trouxerem esperanças de outra estação...
Meu corpo e minha mente farão parte de toda essa austeridade
Sem refrão, sem sorrisos cordiais
Talvez assim eu esqueça que houve um dia verão
SOBREVIVÊNCIA OU MORTE
Ouvi do meu barraco o estrondo forte
De um blindado dessa polícia revoltante
A bala, num raio fúlgido, trouxe a morte
De um inocente com uniforme de estudante
Existe mesmo essa igualdade?
Eu me pergunto, vendo o corpo no caixão
Tantos corruptos em liberdade
E o nosso sangue se esvaindo pelo chão
Ó pátria amada
Desgovernada
Há quem nos salve?
Brasil, de falsos líderes, falsos mitos
De falta de justiça nosso país padece
Nas cúpulas de Brasília eu vejo, aflito
A grandeza da corrupção que resplandece
Após desmandos de toda natureza
O povo não vê o quanto é grande e poderoso
E o nosso futuro é um mar de incertezas
Terra abandonada
De engodos mil
És tu, Brasil
Ó Pátria amada!
Lá no Planalto, só fraude, mentira, ardil
Triste piada
Brasil!
Meus dias estão sempre frios e nublados
Mas não me assustam esse inverno duradouro
E essa eterna chuva de pingos grossos e gelados
Não espero mais calmaria nos tempos vindouros
Acostumei-me à total ausência de dias ensolarados
Estou sempre à espera do relâmpago e seu grande estouro
Tenho os olhos por lágrimas sentidas empoçados
Vejo embaçadas as nuvens tempestuosas e de mau agouro
Se desaguar tormenta tal que inunde toda a cidade...
Se a tempestade não passar jamais...
Se os ventos não trouxerem esperanças de outra estação...
Meu corpo e minha mente farão parte de toda essa austeridade
Sem refrão, sem sorrisos cordiais
Talvez assim eu esqueça que houve um dia verão
SOBREVIVÊNCIA OU MORTE
Ouvi do meu barraco o estrondo forte
De um blindado dessa polícia revoltante
A bala, num raio fúlgido, trouxe a morte
De um inocente com uniforme de estudante
Existe mesmo essa igualdade?
Eu me pergunto, vendo o corpo no caixão
Tantos corruptos em liberdade
E o nosso sangue se esvaindo pelo chão
Ó pátria amada
Desgovernada
Há quem nos salve?
Brasil, de falsos líderes, falsos mitos
De falta de justiça nosso país padece
Nas cúpulas de Brasília eu vejo, aflito
A grandeza da corrupção que resplandece
Após desmandos de toda natureza
O povo não vê o quanto é grande e poderoso
E o nosso futuro é um mar de incertezas
Terra abandonada
De engodos mil
És tu, Brasil
Ó Pátria amada!
Lá no Planalto, só fraude, mentira, ardil
Triste piada
Brasil!
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