ESCADAS DA VIDA

Entre o subir e descer nas escadas da vida
Vamos falando amenidades artísticas, para disfarçar o medo
Andamos feito autômatos que nada mais fazem, senão esperar
Sem darmos conta que o tempo corre em velocidade inexorável do lado de fora, tornando insustentável a nossa leveza de ser. 
Esse que vem impiedosamente devorando o concretismo das horas
E a noite segue se espalhando no céu, tal qual cortinas negras encobrindo as janelas dos olhos
É quando as ruas se enchem de miseráveis de todas as espécies
Que misturando seus murmúrios com os barulhos de latas, vão buscando por comida nos lixos,
Em disputas acirradas com caninos e felinos e por fim... Alimentam-se todos do mesmo prato
Os ricos dormem seguros por detrás das pesadas portas, na expectativa de o dia clarear,
E trazer as boas novas, que inexplicavelmente se demoram a chegar. 

Os heróis há muito já morreram em antigas guerras, e o que resta?
O inimigo que é invisível invadindo as nossas entranhas e segue matando a todos, desde o inútil até o que presta, sem qualquer distinção.
E o mais esperto ou rico dos homens não estará livre da peste.
O vírus não se importa com a idade, e adentra pela cozinha, pela entrada principal, na calçada ou no palácio, na herdade.
Também não aceita suborno, e nem dá conta do que se come, calça ou veste. 

O dia nasce, e entre o subir e descer nas escadas da vida
Seguimos falando amenidades artísticas, até que um herói renasça das cinzas, e venha a todos resgatar. Ou o vírus fará o que veio para fazer, nos exterminar.

#Guerreiraxue

     




















Escada sem fim/Escada de Bramante, Museu do Vaticano
Fotografia de Carlos Valada


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Grande beijo,
att.,Hilda"

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