O SANTO E A PORCA


 

Escrita em novembro de 1957, O Santo e a Porca retoma um tema clássico com uma roupagem original: não apresenta o vício da avareza apenas pelo que nele há de risível, a exemplo do que fizeram Plauto e Molière, mas, também, do por seu aspecto doloroso, tomando o ponto de vista de quem o possui.


"Nas palavras do próprio autor, a peça é uma 'imitação nordestina de Plauto'. Partindo da 'Aulularia', ou 'A Comédia da Panela', do célebre autor latino (o título alude ao fato de que o avarento de Plauto escondia seu dinheiro numa panela), Ariano Suassuna retoma um tema clássico com uma roupagem original. Não apresenta o vício da avareza apenas pelo que nele há de risível, a exemplo do que fizeram Plauto e Molière (na peça 'O Avarento'), mas, também, por seu aspecto doloroso, tomando o ponto de vista de quem o possui. Porque, de fato, Euricão, o avarento de Suassuna, é, no fundo, um grande sofredor, algo que é primeiro percebido, no texto, pela sabedoria popular da personagem Caroba, uma admirável versão feminina do 'amarelinho' João Grilo." — Carlos Newton Júnior 

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