VELHO!

Assim segues teus caminhos 
ao porto que te és seguro, 
um porto firme e frio 
um caixão serás teu lucro!
Da vida já vistes tantos 
e coisas em absurdos, 
passou frio passou fome! 
E do homem? 
Conhecem bem os venenos, 
das mulheres seus amores encantos 
e pensamentos.
E aquele que te observa nada nada te vê, 
lendo-o! 
Foi jovem, foi lavrador! 
Lavrou a vida correndo. 
Ao mundo deu sua partilha, 
partilhou vidas ao vento, 
partilhou suor em prantos, 
das dores deu seu alento! 
Das lavouras que plantastes, 
alimentou com o pão bento, a
 enxada foi troféu! 
Os calos não foram tormentos, 
deste á vida a outras vidas 
e hoje neste momento se espera 
simplesmente que como a água corrente 
ao mar se chegue num repente 
e na mistura de terra e gente 
sejas lembrado pra sempre 
no olhar de um filho ausente 
e nos exemplos que deixas aos filhos! 
Como o maior de seu presente...
Zildo De Oliveira Barros
Imagem Net

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