A BELA LITURGIA (artigo)
A BELA LITURGIA
O Pequeno Príncipe, de Saint-Éxupéry, ensina-nos que o essencial é invisível aos olhos.
O livro é a história fantasiosa de um extraordinário menino que morava numa estrela.
Vivia desprovido de tudo. De nada dispunha, a não ser de imensa árvore “baobá” e de, mais ou menos, dois vulcões. Mas não deixava de ser delicado, amável e sensível. Deleitava-se com os pores-do-sol, que eram tantos no seu pequeno planeta.
Certo dia, descobriu aquela sementinha que começava a crescer e transformava-se numa rosa.
Observou, atentamente, o seu florescer, o seu florir. Nunca vira ele um botão de rosa tornar-se rosa vaidosa, levando-o à loucura. No final, chegou ele à conclusão de que não era fácil entender toda a rosa.
Resolveu, assim, deixá-la e voar para outros planetas, à procura da sabedoria sobre o amor, a vida e as pessoas.
Deparou-se, então com coisas estranhas.
No planeta Terra, encontrou um animal bem estranho e muito sabido – uma raposa – que dele se aproxima e diz-lhe: – Cative-me.
Não sei o que isto quer dizer – responde lhe o principezinho.
Cativar é penetrar a vida do outro, é interessar-se pelo outro – diz-lhe a raposa.
Mas, se eu a cativar, não posso ficar muito tempo com você. Tenho que ir embora – fala, sinceramente, o principezinho.
Que pena, se Você for em bora…eu vou chorar – não se contém a raposa.
Por que, então, querer que a cative, se isso vai magoá-la?
Por causa da cor dos trigais – diz ela. E continua: – Você tem cabelos cor de ouro…após você me cativar, ao olhar o dourado dos trigais, lembrar-me-ei de seus cabelos. E vou gostar de ouvir o vento no trigo.
Assim, começou o ritual do cativar que é bela “liturgia” de um conquistar o outro.
Dartanhan Holanda
Escritor, amante dos livros e leitor de Antoine de Saint-Exupéry.
Membro da Academia Maceioense de Letras
Autor dos livros:
A Foz – A Magia Aqui Se Faz Presente (Conto)
Igreja Nova (Romance)
Imagem Net
O Pequeno Príncipe, de Saint-Éxupéry, ensina-nos que o essencial é invisível aos olhos.
O livro é a história fantasiosa de um extraordinário menino que morava numa estrela.
Vivia desprovido de tudo. De nada dispunha, a não ser de imensa árvore “baobá” e de, mais ou menos, dois vulcões. Mas não deixava de ser delicado, amável e sensível. Deleitava-se com os pores-do-sol, que eram tantos no seu pequeno planeta.
Certo dia, descobriu aquela sementinha que começava a crescer e transformava-se numa rosa.
Observou, atentamente, o seu florescer, o seu florir. Nunca vira ele um botão de rosa tornar-se rosa vaidosa, levando-o à loucura. No final, chegou ele à conclusão de que não era fácil entender toda a rosa.
Resolveu, assim, deixá-la e voar para outros planetas, à procura da sabedoria sobre o amor, a vida e as pessoas.
Deparou-se, então com coisas estranhas.
No planeta Terra, encontrou um animal bem estranho e muito sabido – uma raposa – que dele se aproxima e diz-lhe: – Cative-me.
Não sei o que isto quer dizer – responde lhe o principezinho.
Cativar é penetrar a vida do outro, é interessar-se pelo outro – diz-lhe a raposa.
Mas, se eu a cativar, não posso ficar muito tempo com você. Tenho que ir embora – fala, sinceramente, o principezinho.
Que pena, se Você for em bora…eu vou chorar – não se contém a raposa.
Por que, então, querer que a cative, se isso vai magoá-la?
Por causa da cor dos trigais – diz ela. E continua: – Você tem cabelos cor de ouro…após você me cativar, ao olhar o dourado dos trigais, lembrar-me-ei de seus cabelos. E vou gostar de ouvir o vento no trigo.
Assim, começou o ritual do cativar que é bela “liturgia” de um conquistar o outro.
Dartanhan Holanda
Escritor, amante dos livros e leitor de Antoine de Saint-Exupéry.
Membro da Academia Maceioense de Letras
Autor dos livros:
A Foz – A Magia Aqui Se Faz Presente (Conto)
Igreja Nova (Romance)
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