COSTUME

Acostumei-me a ser escrava das horas
E em momentos como esses
Eu me sinto deslocada
Sem lugar para estar
Ao perceber o mundo lá fora
Estou à parte
Não estou nele
E apesar de ser dele
Não sou ele
Sobrei na última colheita
E como restos guardados
Estou na espera
Para ser descartada
Ou não
Por quê?
Porque me curvo
Caio, entristeço
Esmoreço
Mas ergo-me também
Levanto e sorrio
Não se esqueça que vida se põe
E a gente dispõe
Pois cada um é como é
Então eu sou como sou. 



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