FIGURAS ESCONDIDAS/ Negras na NASA

As pesquisadoras Dorothy Vaughan, Katharine Johnson e Mary Jackson enfrentaram obstáculos durante o período de segregação racial, nos EUA

Essa é a história contada no livro Hidden Figures (Figuras Escondidas, em tradução livre), lançado pela escritora Margot Lee Shetterly. No Brasil, o livro ganhou o mesmo nome do filme, “Estrelas Além do tempo". (HarperCollins) e fala da trajetória das cientistas Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson, finalmente prestigiada.

Katharine Johnson
foi uma matemática, física e cientista espacial norte-americana.
O site oficial da NASA define Katherine como “a garota que amava contar”. Nascida em 26 de agosto de 1918, no interior da Virgínia Ocidental, ela foi uma aluna genial desde o colégio. Formou-se no High School. aos 14 anos e na faculdade aos 18. A extraordinária capacidade de Katherine para a matemática ajudou a colocar em órbita a Apolo 11, a nave que levou o homem à Lua pela primeira vez.
As grandes missões científicas são fruto do esforço combinado de grandes equipes em que todas as contribuições contam, como a de Katherine e de outras mulheres afro-americanas, cujo trabalho ficou desconhecido para o grande público durante anos, até a chegada do filme, indicado ao Oscar em 2016. No longa, ela foi interpretada por Taraji P. Henson.
Katherine foi uma das mulheres negras que formavam uma equipe no Centro de Pesquisa Langley para calcular a trajetória dos primeiros lançamentos espaciais, operações que hoje são feitas por computadores. Mas nos anos 1960 os "computadores usavam saias", segundo suas palavras, recolhidas em vários documentos que a Nasa dedica à cientista especial em seu site na internet.
Foram seus cálculos que ajudaram a missão Apolo 11 a ter sucesso e Neil Armstrong a pisar na Lua (1969), mas também os que estabeleceram a trajetória da primeira viagem ao espaço de um americano, Alan Shepard (1961).
Johnson morreu no dia 24 de fevereiro de 2020, aos 101 anos.

Dorothy Johnson Vaughan foi uma matemática estadunidense, que trabalhou na National Advisory Committee for Aeronautics (NACA), a agência predecessora da NASA. Em 1949, ela foi a primeira mulher negra a ser promovida chefe de departamento na NASA
Nascida em 1910 em Kansas (Missouri) e também era matemática, formada pela Universidade de Wilberforce aos 19 anos. Em caminho similar ao de Katherine Johnson, começou sua carreira como professora até ingressar no laboratório da NASA em 1943.

Em momento de Segunda Guerra, Vaughan chegou até Langley Memorial Aeronautical Laboratory (o mais antigo centro de pesquisa de campo da NASA, localizado em Hampton, Virginia) crendo ser apenas um trabalho temporário. No entanto, mais tarde passou a supervisionar de modo informal a ala de “computadores de cor” (colored computer), segregadas das mulheres brancas, assim como tantas outras salas e objetos da época.

Ao perceber que a “West Area Computers”, onde ficavam as mulheres negras, seria a primeira ala a ser cortada com a introdução das máquinas da IBM, Vaughan decidiu aprender a programar, sendo ela quem se especializou e implementou na NASA o sistema de linguagem Fortran. Ela também contribuiu no projeto do foguete Scout (Solid Controlled Orbital Utility Test), que lançaria pequenos satélites na órbita.
Vaughan se aposentou da NASA em 1971 e faleceu aos 91 anos em 10 de novembro de 2008.

Mary Winston Jackson
foi uma engenheira aeroespacial norte americana,ascida em 9 de abril de 1921, pais Frank Winston e Ella Scott Winston, em Hampton, Virgínia, Mary tinha notas altas na escola e no ensino médio. Obteve o bacharelado em Matemática e em Física pela Universidade Hampton, em 1942. Foi líder das bandeirantes por vinte anos e era conhecida na comunidade negra por ter ajudado as crianças a construir uma miniatura de um túnel de vento.
Depois de dois anos na ala da computação, Mary recebeu uma oferta para trabalhar para o engenheiro Kazimierz Czarnecki no Túnel de Pressão Supersônica de 1,80 m, um túnel de vento de 60.000 cavalos de potência capaz de explodir modelos com ventos que se aproximam duas vezes da velocidade do som. Czarnecki ofereceu a Mary experiência prática conduzindo experimentos na instalação, e eventualmente sugeriu que ela entrasse em um programa de treinamento que lhe permitiria ganhar uma promoção de matemático para engenheiro. Os estagiários tinham que fazer pós-graduação em matemática e física em cursos pós-trabalho gerenciados pela Universidade da Virgínia. Como as aulas eram realizadas na então segregada Hampton High School, no entanto, Mary precisava de permissão especial da cidade de Hampton para se juntar a seus pares brancos na sala de aula. E Mary completou os cursos, ganhou a promoção, e em 1958 tornou-se a primeira engenheira negra da NASA. No mesmo ano, ela foi coautora de seu primeiro relatório, Effects of Nose Angle e Mach Number on Transition on Cones at Supersonic Speeds.
Depois de se graduar na Universidade Hampton, Mary ensinou em Maryland. Ela então foi para o National Advisory Committee for Aeronautics (NACA), em 1951.Começou sua carreira como matemática no Langley Research Center, onde trabalhou com Doroty Vaugha, ainda em Hampton. Em 1953, ela foi para o Compressibility Research Division. Depois de 5 anos na NASA e de vários cursos de extensão, Mary foi para um programa especial de treinamento. foi promovida a engenheira aeroespacial. Trabalhou com análise de dados em experimentos com túnel de vento e de aeronaves experimentais no Departamento Teórico de Aerodinâmica, na Divisão de Aerodinâmica Subsônica-Transônica, em Langley.Seu objetivo era de entender como o ar fluía, incluindo empuxo e arrasto.

Jacson faleceu aos 83 anos em 11 de fevereiro de 2005


        Katherine Johnson                                Mary Jackson                              Dorothy Vaughan

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