MARILENE E SEUS DOIS MARIDOS
"Tu já te perguntastes qual o limite que uma amizade tem? E o limite do relacionamento? Ora ninguém se pergunta isso, mesmo porquê como vai responder o que não sabe, até que realmente se confronte com a provável resposta...Como? Vivendo ora essa, e digo provável porque haverá dois caminhos, o do basta e o do seguir, para ver até onde a situação se estica."
Marilene era uma amiga de infância, que foi viver para a Europa para fazer um mestrado em arquitetura. A morena bonita que era, não foi difícil arrumar um namorado. O mestrado durou dois anos e Marilene acabou estendendo para outros cursos, que culminou com quatro anos fora. Quando retornou ao Brasil ficou mais seis meses e retornou a Europa para casar-se. A moça casou-se com Afonso, um homem um pouco mais velho, que era um lorde em gentileza e cordialidade. Marilene estava mesmo apaixonada por ele. Ambos tinham muito carinho, amizade e diga-se de passagem, tesão e atração intelectual.
Um dia, o seu rico esposo trouxe para jantar em casa um amigo. Marlene ficou feliz de poder receber em casa pela primeira vez depois de casada, e preparou uma lagosta à thermidor e acompanhamentos, escolheu um bom vinho branco. Era uma sorte ela e o marido terem gosto para vinhos. Henrique, o amigo, tinha vindo de férias e veio visita-los e conhecer sua jovem esposa. Muito bem educado e de fala agradável, elogiou o jantar e a cozinheira.
— Onde estás hospedado? — Pergunta Afonso.
— No Palace hotel, bem próximo daqui. — Responde Henrique.
Enquanto recolhiam a louça do jantar, o que Henrique fez questão de ajudar. Afonso pergunta;
— Marina vai bem? — Vai sim, contei-lhe que vinha te visitar e ela mandou lembranças. Vai se casar em dois meses. — Espantado Afonso revida
— Vocês não vivem mais juntos?
— Divorciamos tem mais de três anos.
— Não sabia mesmo.
Na hora da sobremesa, conversa vai conversa vem, Henrique contou que tentaram de tudo para manter o relacionamento, sem sucesso acharam por bem terminar.
Depois de todas as formalidades do jantar,
— Bem, vou deixá-los para que conversem a vontade e me retiro. Boa noite Henrique, é um prazer conhece-lo, e espero vê-lo em breve.
— Os homens se levantam e Henrique a beija no rosto amigavelmente em despedida.
— Boa noite e muito obrigada pelo jantar maravilhoso e a noite agradabilíssima.
Marilene se retira e vai tomar um banho e descansar. Dorme quase que imediatamente. No dia seguinte ao acordar, o marido já está no banho. Como toda a rotina diária os dois ficam juntos só nas refeições. No café da manhã; — Nem vi você ir dormir querido. O Henrique saiu tarde?
— Vi que dormias sossegada, não quis perturba-la. Saiu tarde sim querida. Eu mesmo o levei ao Hotel. Estive pensando... Você acha que podemos hospeda-lo em casa?
— Como assim, hospeda-lo em casa? Ele ficará sozinho aqui, pois estamos ambos trabalhando a semana inteira!
— Não na semana, eu dizia no fim de semana. Vamos para a praia querida... gostaria de convida-lo. pois temos lá um quarto de hospedes. Que você acha?
— Faz como achar melhor meu bem. Afinal é seu amigo de infância. Por mim tudo bem.
— Tu gostaste dele?
— Sim, me pareceu boa pessoa. Convide-o então. Tenho que ir, estou atrasada. — E Marilene sai beijando o marido.
Mais tarde ao chegar em casa Marilene abriu a porta e sentiu o cheiro perfumado vindo da cozinha:
—Cheguei amor! —Disse da porta, já se livrando dos sapatos e correndo para a cozinha. ao beijar o marido ela percebe, a porta da despensa aberta, e uma voz lá de dentro diz:
— Qual sal que tu queres? Aqui vejo um branco e outro rosa. — Sem entender nada, Marilene, cochicha;
— O que Henrique está fazendo na nossa despensa? Afonso cochicha de volta; — Ele não tinha nada para fazer hoje querida. por isso convidei-o novamente. — Mas não me dissestes nada!
— Achei que não se importaria, dissestes que gostou dele. Por favor seja gentil — Claro que serei afinal é teu amigo.
Quando Henrique sai da despensa: — Olá bela senhora, espero que não se importe de invadir a tua despensa. Aqui tem o sal comum e o rosa Afonso. Qual vai usar?
— Olá, como vai? Seja bem-vindo novamente Henrique. — Marilene o cumprimenta cordialmente com um beijo. — Se me derem licença, vou tomar um banho, me trocar e volto para arrumar a mesa. Até já!
— Claro querida. — Diz Afonso.
Marilene saiu da cozinha com uma estranha sensação. Era como se ali não fosse o lugar dela. Nunca aconteceu de o marido chamar alguém em casa sem comunica-la. mas verdade é que ela sequer conhecera seus amigos.
Meia hora depois ela retorna, composta e elegante. — O cheiro disso está maravilhoso! — disse sorrindo. — Vou preparar uma bebida. Que vocês estão tomando? — Ambos estavam tomando whisky.
O jantar transcorreu naturalmente e a conversa descontraída. A certa altura a conversa gira em torno de costumes e culturas, quando Afonso conta:
— Sabias querida que na Europa há o costume do amigo do coração? Amigo esse que recebemos em casa, como se fosse da família. E partilhamos a mesa, a cama, e a esposa. — Marilene ficou espantada, pois nunca tinha ouvido falar disso.
— Como assim, vocês vão dividir a cama, é isso? — Não querida, "nós" dividiremos a cama. Marilene de repente diz a primeira coisa que vem a mente —Tu és doido Afonso, como vamos dividir a cama, se não cabe três nela! E porque dividir a cama se há o quarto de hospedes muito confortável?
—Tens, razão o quarto de hospedes tem a cama maior. — Espera!
Preciso entender isso melhor, me explica por favor, porque estou confusa. — E Afonso explica.
— É simples querida, O casal escolhe um amigo e com ele partilham a amizade e o sexo. Eu escolhi o Henrique, e o trouxe para você conhece-lo e aprova-lo. — Ela olha para Henrique consternada.
— E se eu não aprovar? — Se não, a gente não fala mais nisso, mas aconselho experimentar, porque sem isso não terás argumento. — Emenda Afonso.
Marilene sem saber o que dizer, desata a rir descontroladamente. Os dois homens ficaram quietos esperando-a se recompor. — Jesus Amado, onde fui amarrar meu burro? Quero dizer, eu sou a burra! Me diga Afonso, por que um casal precisa de amigo do coração? Eles dois não se bastam? Tu já pensaste que viver a dois já é uma labuta diária. Imagine viver a três! Um amigo do coração que divide a mulher! Tu não pensas na mulher? E se ela se apaixonar pelo amigo e largar o marido?
— Olha, acontece de ser uma amiga do coração também. Pensa querida, tu achas que os casais que se dizem monogâmicos, são realmente? Eles mentem e enganam. No caso do amigo do coração, é tudo às claras. Somos adultos, e ninguém obriga ninguém.
— Você me enganou sim, porque não contastes isso antes de casarmos. Me enganou dizendo que me amava, e que me queria. Mas tudo bem, eu vou analisar isso com calma e depois falamos mais. Porque se pensar melhor, o idiota do meu ex me traia com alguém, enquanto a trouxa aqui era a tonta fiel.
Marilene era uma amiga de infância, que foi viver para a Europa para fazer um mestrado em arquitetura. A morena bonita que era, não foi difícil arrumar um namorado. O mestrado durou dois anos e Marilene acabou estendendo para outros cursos, que culminou com quatro anos fora. Quando retornou ao Brasil ficou mais seis meses e retornou a Europa para casar-se. A moça casou-se com Afonso, um homem um pouco mais velho, que era um lorde em gentileza e cordialidade. Marilene estava mesmo apaixonada por ele. Ambos tinham muito carinho, amizade e diga-se de passagem, tesão e atração intelectual.
Um dia, o seu rico esposo trouxe para jantar em casa um amigo. Marlene ficou feliz de poder receber em casa pela primeira vez depois de casada, e preparou uma lagosta à thermidor e acompanhamentos, escolheu um bom vinho branco. Era uma sorte ela e o marido terem gosto para vinhos. Henrique, o amigo, tinha vindo de férias e veio visita-los e conhecer sua jovem esposa. Muito bem educado e de fala agradável, elogiou o jantar e a cozinheira.
— Onde estás hospedado? — Pergunta Afonso.
— No Palace hotel, bem próximo daqui. — Responde Henrique.
Enquanto recolhiam a louça do jantar, o que Henrique fez questão de ajudar. Afonso pergunta;
— Marina vai bem? — Vai sim, contei-lhe que vinha te visitar e ela mandou lembranças. Vai se casar em dois meses. — Espantado Afonso revida
— Vocês não vivem mais juntos?
— Divorciamos tem mais de três anos.
— Não sabia mesmo.
Na hora da sobremesa, conversa vai conversa vem, Henrique contou que tentaram de tudo para manter o relacionamento, sem sucesso acharam por bem terminar.
Depois de todas as formalidades do jantar,
— Bem, vou deixá-los para que conversem a vontade e me retiro. Boa noite Henrique, é um prazer conhece-lo, e espero vê-lo em breve.
— Os homens se levantam e Henrique a beija no rosto amigavelmente em despedida.
— Boa noite e muito obrigada pelo jantar maravilhoso e a noite agradabilíssima.
Marilene se retira e vai tomar um banho e descansar. Dorme quase que imediatamente. No dia seguinte ao acordar, o marido já está no banho. Como toda a rotina diária os dois ficam juntos só nas refeições. No café da manhã; — Nem vi você ir dormir querido. O Henrique saiu tarde?
— Vi que dormias sossegada, não quis perturba-la. Saiu tarde sim querida. Eu mesmo o levei ao Hotel. Estive pensando... Você acha que podemos hospeda-lo em casa?
— Como assim, hospeda-lo em casa? Ele ficará sozinho aqui, pois estamos ambos trabalhando a semana inteira!
— Não na semana, eu dizia no fim de semana. Vamos para a praia querida... gostaria de convida-lo. pois temos lá um quarto de hospedes. Que você acha?
— Faz como achar melhor meu bem. Afinal é seu amigo de infância. Por mim tudo bem.
— Tu gostaste dele?
— Sim, me pareceu boa pessoa. Convide-o então. Tenho que ir, estou atrasada. — E Marilene sai beijando o marido.
Mais tarde ao chegar em casa Marilene abriu a porta e sentiu o cheiro perfumado vindo da cozinha:
—Cheguei amor! —Disse da porta, já se livrando dos sapatos e correndo para a cozinha. ao beijar o marido ela percebe, a porta da despensa aberta, e uma voz lá de dentro diz:
— Qual sal que tu queres? Aqui vejo um branco e outro rosa. — Sem entender nada, Marilene, cochicha;
— O que Henrique está fazendo na nossa despensa? Afonso cochicha de volta; — Ele não tinha nada para fazer hoje querida. por isso convidei-o novamente. — Mas não me dissestes nada!
— Achei que não se importaria, dissestes que gostou dele. Por favor seja gentil — Claro que serei afinal é teu amigo.
Quando Henrique sai da despensa: — Olá bela senhora, espero que não se importe de invadir a tua despensa. Aqui tem o sal comum e o rosa Afonso. Qual vai usar?
— Olá, como vai? Seja bem-vindo novamente Henrique. — Marilene o cumprimenta cordialmente com um beijo. — Se me derem licença, vou tomar um banho, me trocar e volto para arrumar a mesa. Até já!
— Claro querida. — Diz Afonso.
Marilene saiu da cozinha com uma estranha sensação. Era como se ali não fosse o lugar dela. Nunca aconteceu de o marido chamar alguém em casa sem comunica-la. mas verdade é que ela sequer conhecera seus amigos.
Meia hora depois ela retorna, composta e elegante. — O cheiro disso está maravilhoso! — disse sorrindo. — Vou preparar uma bebida. Que vocês estão tomando? — Ambos estavam tomando whisky.
O jantar transcorreu naturalmente e a conversa descontraída. A certa altura a conversa gira em torno de costumes e culturas, quando Afonso conta:
— Sabias querida que na Europa há o costume do amigo do coração? Amigo esse que recebemos em casa, como se fosse da família. E partilhamos a mesa, a cama, e a esposa. — Marilene ficou espantada, pois nunca tinha ouvido falar disso.
— Como assim, vocês vão dividir a cama, é isso? — Não querida, "nós" dividiremos a cama. Marilene de repente diz a primeira coisa que vem a mente —Tu és doido Afonso, como vamos dividir a cama, se não cabe três nela! E porque dividir a cama se há o quarto de hospedes muito confortável?
—Tens, razão o quarto de hospedes tem a cama maior. — Espera!
Preciso entender isso melhor, me explica por favor, porque estou confusa. — E Afonso explica.
— É simples querida, O casal escolhe um amigo e com ele partilham a amizade e o sexo. Eu escolhi o Henrique, e o trouxe para você conhece-lo e aprova-lo. — Ela olha para Henrique consternada.
— E se eu não aprovar? — Se não, a gente não fala mais nisso, mas aconselho experimentar, porque sem isso não terás argumento. — Emenda Afonso.
Marilene sem saber o que dizer, desata a rir descontroladamente. Os dois homens ficaram quietos esperando-a se recompor. — Jesus Amado, onde fui amarrar meu burro? Quero dizer, eu sou a burra! Me diga Afonso, por que um casal precisa de amigo do coração? Eles dois não se bastam? Tu já pensaste que viver a dois já é uma labuta diária. Imagine viver a três! Um amigo do coração que divide a mulher! Tu não pensas na mulher? E se ela se apaixonar pelo amigo e largar o marido?
— Olha, acontece de ser uma amiga do coração também. Pensa querida, tu achas que os casais que se dizem monogâmicos, são realmente? Eles mentem e enganam. No caso do amigo do coração, é tudo às claras. Somos adultos, e ninguém obriga ninguém.
— Você me enganou sim, porque não contastes isso antes de casarmos. Me enganou dizendo que me amava, e que me queria. Mas tudo bem, eu vou analisar isso com calma e depois falamos mais. Porque se pensar melhor, o idiota do meu ex me traia com alguém, enquanto a trouxa aqui era a tonta fiel.
Não aguentando mais aquela conversa, Marilene se levanta.
— Faremos o seguinte: vou pedir um taxi e dormir em um hotel, por favor fiquem à vontade os dois, para dividir nossa cama. Boa noite. — Afonso e Henrique se levantam com ela.
O que aconteceu naquela noite, depois que Marilene saiu, ela não sabe. Porém, um mês depois estavam ela, Afonso e Henrique felizes e apaixonados, em um cruzeiro pelo mediterrâneo.
O que aconteceu naquela noite, depois que Marilene saiu, ela não sabe. Porém, um mês depois estavam ela, Afonso e Henrique felizes e apaixonados, em um cruzeiro pelo mediterrâneo.
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