NOITE ESCURA

Ai que minha barriga ronca, 
e não me deixa dormir, e como ela, 
a minha cabeça põe-se a rodar.
Amanhã cedinho vou-me embora deste lugar
Deixo para trás, a seca que devora esta terra.
Talvez encontre uma mesa para me servir 
Quero matar esta coisa que me consome
Ó fome, deixa-me dormir!
Amanhã de manhãzinha,
 bem na hora que o galo canta lá longe, 
tenho uma jornada para seguir.
Não deixa meu Deus, que eu morra dormindo.
“Ó João tu me acorda, se o diabo do galo não cantar"?
Amanhece, 
e aos gritos, João não consegue fazer o menino acordar.
Guerreira Xue/Hilda Milk




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