A NOIVA DO DEUS DO FOGO/Pollyana Trindade
Querido leitor,
comecei a escrever A Noiva do Deus do Fogo no finalzinho de 2019, quando tive a inspiração através de um sonho. O livro demorou mais de dois anos sendo escrito e não esperava as proporções que ele iria ganhar. Apesar de ter sido relativamente fácil de escrever, já que a história estava toda dentro de minha cabeça, a maior dificuldade foi encaixar as peças, especialmente no final. Uma das maiores surpresas foi constatar, logo na metade do livro, que a história tinha muito ainda o que ser contada e explorada, então dificilmente daria para concluir tudo em único volume. Apesar de ser uma história do gênero fantasia, esse livro contém um toque de romance e mistério, ainda trazendo mensagens reflexivas e críticas acerca da humanidade.
A ganância pelo poder levou os humanos a quase destruírem toda a vida na Terra, o que obrigou a Natureza a intervir pela primeira vez, em séculos, dividindo sua alma em quatro partes: água, terra, fogo e ar. A cada oitenta anos ocorre um Sacrifício, onde nele, quatro humanos são selecionados, independentemente de sua idade ou origem.
Ninguém sabe ao certo o que acontece com os escolhidos, a não ser é claro, que jamais retornam.
Há muitos segredos por trás do Sacrifício assim como no passado da humanidade. Como a quase destruição aconteceu? Houve algum responsável por isso ou foram apenas nossas próprias atitudes que ocasionaram o inevitável?
Pollyana Trindade nasceu em Feira de Santana, Bahia. Escreve desde os onze anos, mas nunca achou que seus livros eram bons o suficiente. Após muito incentivo de seus pais e amigos próximos, começou a criar mais confiança em si mesma, assim como nas suas histórias.
Seus gêneros favoritos são: fantasia, romance, terror e trihler. Um dos seus maiores sonhos é tornar a literatura brasileira mais conhecida, incentivando jovens como ela a adquirir um hábito de leitura.
"Corro loucamente em meio aos destroços da cidade. Como ela se chamava mesmo? Ah, New York. Soube que era bela e cosmopolita. Quero dizer, não que alguém que conheça tenha vivido nesta época, mas os livros de história sempre a citavam como "a cidade que nunca dorme", e pelas fotografias, não poderia dizer o contrário.
Eu queria ter vivido nesse mundo.
Às vezes, quando estou triste demais com a realidade e quero fugir para algum lugar, fecho meus olhos e deixo minha imaginação me guiar e de repente, por um milésimo de segundo, estou em um parque de diversões. As luzes piscam, sorrindo para mim. Os brinquedos fazem barulhos estranhos, enquanto uma música animada toca de fundo. Há pessoas conversando sentadas num banquinho de madeira, colorido, próximo a barraca de cachorro quente. Um casal passa por mim, totalmente imerso no olhar um do outro. Eu queria essa vida. Eu queria essas cores. Mas infelizmente, isso é algo que não posso ter.
O baque de voltar e abrir os olhos é sempre grande, mas não consigo parar de sonhar com o passado desconhecido porque é a única coisa que me dá esperanças de que um dia, tudo poderá voltar a ser como era."
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