O DEUS DAS COISAS

Existe na maioria de nós uma arrogância que, transita entre a crueldade e a indiferença social. Andamos pelo mundo deslizando suavemente, como se plainássemos por cima de reles mortais. Não compreendo tanta religiosidade, tanta fé no invisível se o visível é tão infinitamente mais óbvio. Não é raro ouvir: Não acredito mais na humanidade ou, prefiro os animais aos seres humanos. Me pergunto: Que fé é essa, que Deus é esse que te impede de amar o teu igual? As igrejas andam com as burras cheias de dinheiro, doações de gentes que garantem que ali encontram Deus, as mesmas pessoas que não podem doar um pacote de macarrão para matar a fome da família de um desafortunado. Não estou para questionar a existência de Deus e sim a religiosidade de seus filhos. Penso mesmo que fé salva as pessoas, a fé em si mesmo, a fé no semelhante, nos filhos, nos irmãos, etc, etc... Mas, uma coisa é certa, enquanto os homens cultivarem o separatismo estarão mentindo descaradamente, pois quem acredita em Deus compreenderia que ele está em tudo e em todos. O seu Deus é bom, e o Deus dos outros? Esse anda pelas praças, dormindo ao relento, sujo e esfarrapado, debaixo de marquises, pedindo um pedaço de pão e desculpando-se por incomodar. O Deus dos outros perdeu tudo na enchente, no desemprego, perdeu a dignidade, perdeu...                                                      Ser solidário ainda haverá de nos salvar um dia, porque quando ajudamos estamos também sendo recompensado, e isso só descobre quem faz. E o mundo precisa de gente que, além de amar os animais, ainda consiga gostar também de gente.

O DEUS QUE HABITA EM MIM SAUDA O DEUS QUE HABITA EM TI

Crianças são as mais prejudicadas pela fome que atinge o Brasil (observatorio3setor.org.br)

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