FOME
Tenho fome do saber
Pelo motivo que devoro todas as ideias
Fome de comer
E de beber
Coisas de que não consigo viver sem.
Fome de conhecer o mundo todo
Digeri-lo inteiro
Só para depois, cuspi-lo aos pedaços
Tenho uma fome que a minha alma arrebata
Uma fome voraz que me consome
Tenho fome de tudo que dá prazer
Fome que mata
Uma fome sem nome
Que só é interrompida pelo sofrer.
E quando a dor expira
Me volta a torturar à dita.
Uma fome primitiva que começa pela barriga
Uma ânsia, um instinto atroz.
Que me possui sem dó ou piedade
Uma barbárie que me castiga o ser
Qualquer coisa a me roer o espírito
Uma fome que não dorme
Insaciável e sem limites
Tenho fome de andar pelas ruas
Ganas de alçar as asas e voar.
Ver e tocar tudo o que existe
Uma vontade incrível de correr,
Fome que me resseca a boca de sede
Fome de pegar,
fome de amor.
Fome incontrolável de você.
Será isso, a minha vontade de viver?
Guerreira Xue/Hilda Milk
Imagem Net
Pelo motivo que devoro todas as ideias
Fome de comer
E de beber
Coisas de que não consigo viver sem.
Fome de conhecer o mundo todo
Digeri-lo inteiro
Só para depois, cuspi-lo aos pedaços
Tenho uma fome que a minha alma arrebata
Uma fome voraz que me consome
Tenho fome de tudo que dá prazer
Fome que mata
Uma fome sem nome
Que só é interrompida pelo sofrer.
E quando a dor expira
Me volta a torturar à dita.
Uma fome primitiva que começa pela barriga
Uma ânsia, um instinto atroz.
Que me possui sem dó ou piedade
Uma barbárie que me castiga o ser
Qualquer coisa a me roer o espírito
Uma fome que não dorme
Insaciável e sem limites
Tenho fome de andar pelas ruas
Ganas de alçar as asas e voar.
Ver e tocar tudo o que existe
Uma vontade incrível de correr,
Fome que me resseca a boca de sede
Fome de pegar,
fome de amor.
Fome incontrolável de você.
Será isso, a minha vontade de viver?
Guerreira Xue/Hilda Milk
Imagem Net
Olá, amiguinha!
ResponderExcluirSempre que aqui venho, surpreendes-me. Se nunca te disse, vou dizer-te agora: Estás aquilo a que soe dizer-se aqui em Portugal, uma "Barra", na arte de poetar. Então este poema, "encheu-me as medidas". Poderei defini-lo como um grito de alguém, que padece da doença a que chamarei de canibalismo poético! :)
Os meus parabéns e uma carrada de abraços.