NÁUFRAGOS


Vestígios de vidas no pacífico
São marujos sobreviventes, que circulam por  ilhas distantes
Enfurnados na beleza de suas nativas misteriosas    
Debaixo das estrelas fulgurantes, todas as noites são de luxúria
São estes bandidos, são marginais, marinheiros errantes

Eles são cegos e delirantes, buscando prazeres a luz da fogueira
Elas são fêmeas sensuais e provocantes tentando reproduzir,
Que num ritual antigo que vai perpetuando sua espécie
E na lei da sobrevivência, cada um dá o que tem
Numa pequena e muda barganha, não é difícil seduzir

Entre uma  poção e outra, entre a realidade e a fantasia
Dormem os machos durante o dia e quando acordam
O banquete  está lá novamente a espera
A bebida mágica tem efeito toda a noite
Misturada a música e a dança das ninfas
E outra vez a busca pelo caminho de casa,
Ficou para amanhã
Os náufragos não retornam mais a seu lugar de origem
Esquecem a família e a casa
Perdem as suas  lembranças do passado
E este mundo de frenesi, agora é o lar
E se por acaso algum deles, a noite despertar
Sai a correr em desabalada pela praia
Pega um bote e desesperado toca a remar
Lembrou de um alguém que o quer bem
Alguém que ficou a espera, do outro lado do mar
@Guerreira Xue

Imagem Net

Comentários

  1. E assim nasceu a mestiçagem que adoro!
    Continua a surpreender-me com as suas narrativas. Não pare.

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  2. Que linda poesia, pura singeleza e encanto. Beijos ;)

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