O ENCONTRO

Alberto impaciente entra em casa as pressas para atender a porcaria do telefone que não parava de tocar:
 -Será que ficaram todos surdos nesta casa é? E todos estavam ...
-Pronto!
Do outro lado da linha uma voz feminina
-Alberto!
-Alberto falando... Disse seco.
-É Deise Alberto. Como vai?.
Era Deise, e Alberto ficou sem palavras...O coração pareceu saltar do peito.
-Cheguei ontem a noite, acha que podemos ver, se não houver inconveniente para voce claro.
Se não houver incomodo! Alberto as vezes pensava que esta moça não tinha noção do significava para ele.
-Diz-me onde estás hospedada que vou ve-la.
-Estou em Oeiras, queria ver a praia bem de pertinho. Ver o mar salgado de "Pessoa",
Estou muito contente pela minha escolha, o lugar aqui é lindo mesmo!
Depois que desliga o telefone, Deise solta enfim a respiração...
Os dois que se encontrarão depois de quase três anos se falando pela net. Tantas dúvidas, tanta curiosidade e vontade junto. Parece loucura, pois nunca esperava que um dia chegassem a se conhecer pessoalmente.
Muita expectativa também e um sentimento que não fere nem obriga.
É uma força sem forçar, muito difícil colocar com palavras, pois não foram escolhidas e nem cogitadas antes.
Alberto estava em choque...Ia encontrar uma amiga distante hoje e não podia estar mais agitado.
A vida  ainda trazendo-lhe surpresas com toda a sua grandeza. Mal conseguia articular qualquer gesto...
-Que foi vovô, alguma noticia ruim?
-Não pequeno, só um encontro inesperado.
-Encontro bom ou ruim? Tu parece muito assustado
E Alberto estava mesmo apavorado.
-Vamos brincar um pouco enquanto o almoço não sai, está bem. Disse o avô para interromper a enxurrada de perguntas.

Deise estava andando pela praia desde cedo... Nunca o dia lhe pareceu tão claro e o vento trazia aqueles ondas até seus pés com delicadeza que parecia pedir licença para envolvê-la. O cheiro de maresia invadia seus sentidos como se ela fosse parte daquilo que a cercava, as gaivotas voavam por todo lado sem se importar com sua presença.  Parada para um pequeno lanche e ela segue sua trajetória...

-No Parque dos poetas em frente ao monumento de Fernando Pessoa. Espero-te lá as 18:00h
-Combinado!
E lá chegaram ambos, com quase meia hora de adiantamento.
-Ola.  Ela disse
-Olá Deise...Posso abraça-la? Ela sorri tremula e acena que sim...
Os dois se unem num abraço fraterno, um longo abraço, de quase tres anos.
Aquilo era um gesto mudo, despido de qualquer palavra e que compreendia tudo que já foi dito.
Só sentimentos a solta.
Guerreira Xue/Hilda Milk
https://www.facebook.com/GuerreiraXue/
                                                              







































 Imagem da Net        
                                                              

Comentários

  1. ESTOU CURIOSA COMO É K TENS TANTOS CONHECIMENTOS DE POPRTUGAL AO PONTO DE "CONHECERES" OEIRAS/PARQUE DOS POETAS? AH!AH! AGORA QUANTO AO CONTO EM SI, ESTÁ MUITO LINDO POIS RETRATA OS ENCONTROS QUE CADA VEZ MAIS SE REALIZAM: PASSAR DO VIRTUAL PARA O REAL, E QUANDO A "COISA" CORRE BEM (K FOI O CASO) É UMA MARAVILHA, O PIOR É QUANDO NÃO É BEM ASSIM...BJS

    ResponderExcluir
  2. Adorei! realmente um abraço bem dado pode parecer uma eternidade, apesar de durar minutos ou segundos... a sensação permanece!!! parabéns!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas