COMO UM CAVALO SALVOU A VIDA DE UM PRESO POLÍTICO por Evaldo Novellini

Li recentemente um HQ, um livro em quadrinhos de nome “Como um cavalo salvou a vida de um preso político".
Esse trata de um pedaço ínfimo e não menos triste de nossa história. As pessoas ainda pensam que o holocausto foi o maior terror da humanidade. Talvez. Mas grandes atrocidades são cometidas em todos os tempos, em nome do patriotismo e da liberdade, e se é que essa existe, nunca custou barato.
Na era Vargas o Brasil estava sob forte ditadura, e os comunistas resolveram então derrubar o governo. Em novembro de 1935 estoura a revolução em Natal (RN) seguindo por Recife e Rio de Janeiro que era Distrito Federal na época. Sem o apoio dos populares, os revoltosos foram derrotados pelos legalistas e em poucas semanas seus lideres identificados e presos.
Harry Berger um americano, que na verdade era alemão e chamava-se Artur Ewert era um dos lideres da tal revolta. Como era um experiente militante de esquerda, veio enviado pelo Comitê Executivo da Internacional Comunista ao Brasil, para junto com Julho Prestes planejarem a revolução. 
As torturas impingidas aos presos políticos que se seguiam eram de fazer inveja a um führer alemão. Não haviam leis de direitos humanos, mas haviam leis de direitos dos animais. 
Essa é uma história triste e real. Alguns homens preferem os animais aos homens, isso é certo. E alguns preferem entender que direitos todos tem indiscriminadamente. E esse livro conta exatamente isso. 
Às vezes esquecemo-nos do quanto já se sofreu para a sociedade evoluir, se é que evoluiu mesmo. Lembrei-me da nossa fragilidade frente aos nossos iguais. E com certeza os cavalos não se matam. Nós nos matamos, e matamos os cavalos.

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