LIBERDADE NEGADA
Sara, onze anos, vive feliz com sua família, quando estoura o golpe militar de 1964. Aos dezessete anos, envolve-se com um militante da esquerda e comete um erro imperdoável aos olhos dos guardiões do regime, entre eles o seu pai, tenente-coronel do exército. Por conta disso, passa por uma situação em que é ferida no corpo e na alma, porém, nada de importante, confessa. Após alguns dias, percebe que, na escola, está sendo seguida por pessoas misteriosas. Às escondidas, a mãe e os tios enviam-na para outro país. Passam-se quatro anos e meio. Sara volta ao Brasil e conhece Fred. Numa ocasião em que conversam num bar, ela tem uma crise de choro ao ouvir pelo rádio a notícia do suicídio de um homem na prisão do DOPS. Fred incentiva-a a contar o motivo desta reação que lhe parece exagerada. Sara relata uma história em que se misturam um grande amor, conflitos familiares, violência e morte.
O SONHO DE SARA
"Meu sono era interrompido por pesadelos ameaçadores, dos quais não me lembrava ao acordar. Num dos poucos que não evaporaram como fumaça ao vento, eu subia uma encosta íngreme, tendo de fazer um esforço descomunal. Quando cheguei ao topo deparei-me com uma multidão mascarada. Tentava me comunicar, ninguém me dava atenção, agiam como se não me vissem. De repente, estava diante de um grandalhão de olhar cruel, o único sem máscara. Usava uma coroa de espinhos que não o feriam e segurava um cetro metálico. Exigia telepaticamente que me ajoelhasse a seus pés. Não o obedeci. Com os olhos fixos nele, andei de costas até perceber que atrás de mim havia um precipício. Teria de fazer uma escolha: submeter-me à ordem do gigante ou saltar no abismo. Saltei. Em vez de cair, voei".
Morgana Gazel do livro
LIBERDADE NEGADA, à venda na Livraria Cultura
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=25034125&nm_origem=rec_produto_viu-comprou&nm_ranking_rec=1
O SONHO DE SARA
"Meu sono era interrompido por pesadelos ameaçadores, dos quais não me lembrava ao acordar. Num dos poucos que não evaporaram como fumaça ao vento, eu subia uma encosta íngreme, tendo de fazer um esforço descomunal. Quando cheguei ao topo deparei-me com uma multidão mascarada. Tentava me comunicar, ninguém me dava atenção, agiam como se não me vissem. De repente, estava diante de um grandalhão de olhar cruel, o único sem máscara. Usava uma coroa de espinhos que não o feriam e segurava um cetro metálico. Exigia telepaticamente que me ajoelhasse a seus pés. Não o obedeci. Com os olhos fixos nele, andei de costas até perceber que atrás de mim havia um precipício. Teria de fazer uma escolha: submeter-me à ordem do gigante ou saltar no abismo. Saltei. Em vez de cair, voei".
Morgana Gazel do livro
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Que maravilha o seu blog, amiga Hilda! E esta publicação sobre o Liberdade Negada está excelente. Vou tentar compartilhar.
ResponderExcluirÓtima a degustação do livro da Morgana! Dá realmente vontade de "quero mais". Excelente texto da autora.
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